15 de julho de 2011

Chegando!

Foi um voo tranquilíssimo. Só quando já estávamos perto de Fortaleza, pegamos uma turbulência bem sacudida. Engraçado era perceber o pânico no semblante do povo que tem mais medo de voar. Mas antes que os mais religiosos começassem a incomodar suas almas, a sacolejação parou. Já era a hora de iniciar os procedimentos de descida. Ao nos aproximar da zona metropolitana da cidade, a primeira impressão do Ceará: não tem favela! Calma, não é isso... ter até tem, ainda estamos no Brasil. Claro que tem. A questão é: no Ceará não se faz laje. Seja barraco ou mansão, o padrão é ter telhado. Então, quando o avião se aproximava, e começamos a ver as casas de cima, a impressão de que os barracos não são barracos, e sim casinhas normais acaba iludindo um pouco as criaturas fluminenses acostumadas com as particularidades arquitetônicas dos Complexos do Alemão, Vilas Cruzeiro, Jardins Catarina e Morros da Mangueira da vida.

vista aérea de Fortaleza
Saímos do avião por volta de 12:30 no Aeroporto Internacional Pinto Martins, temperatura por volta dos 28 graus, notamos logo. Me livrei do casaco, parti para a vigília das malas enquanto Clarice foi procurar o banheiro. Achei o aeroporto normal, confesso que esperei algo meio trágico, mas achei semelhante (em nível de tragédia) aos do RJ. Claro, para isso levando em conta o padrão Infraero de qualidade. Já Clarice não teve uma aceitação tão boa, pois segundo o testemunho dela, o banheiro feminino estava mais para banheiro de rodoviária ou posto de gasolina, do que de aeroporto. Pelo menos no que diz respeito a odores (que eu preferi não tirar a prova se eram tão desagradáveis no wc masculino), ela reprovou com louvores e muitos "uma bosta!". Segundo ela, pese o fato de que não só ela, mas várias outras passageiras desistiram de usar o banheiro, pois estava sujo demais, com o chão molhado demais (formando aquela "laminha" sacou?) e com papel toalha transbordando para fora da lixeira. Diante disso, achei mais negócio guardar minhas saudáveis necessidades líquidas pra quando a gente chegasse ao hotel.

As malas demoraram consideravelmente a sair da esteira, ficamos por lá uns bons 15 minutos, o suficiente para nos preocuparmos com um eventual extravio. Mas graças a São Rolim Amaro padroeiro da TAM, as malas tardaram mas chegaram vivas ao destino. Dali partimos rápido para o desembarque. Passados os outdoors, banners, cartazes e distribuidores de propagandas de shows de humor, chegamos ao desembarque, onde a moça do receptivo nos aguardava. Dali, pra van da empresa, e simbora pro hotel. Conversamos um pouco com ela e com o motorista, conferimos detalhes do pacote, comentamos da diferença de temperatura (13 graus) entre Fortaleza e o Rio, e fomos dando uma olhada no caminho, analisando o "jeitão" da cidade. Fortaleza é uma cidade interessante. Eu sabia que era uma cidade grande e que vinha se desenvolvendo nas últimas décadas, mas ainda assim me supreendi com uma metrópole de quase dois milhões e meio de habitantes.

A tarde estava encoberta, o sol aparecia ocasionalmente, mas o calor era presente. Chegamos ao hotel, nosso querido Holiday Inn, na praia de Iracema, próximo ao centro da cidade. Achamos o hotel show de bola, bem localizado e confortável. Clarice logo que chegou, começou o reconhecimento do ambiente, já que pra alguém formada em turismo, esse é o seu elemento, muito mais que o meu. Há registro:

reconhecimento das instalações
Reconhecidas as instalações, decididos os lados das camas, feita a partilha dos travesseiros (firm ou soft?) não perdemos tempo, mapas impressos do google na mão, partimos para os trabalhos gastronômicos, porque a fome é negra e não poupa ninguém.



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