15 de julho de 2011

De Iracema ao Dragão do Mar

Saímos andando pela praia de Iracema, onde fomos ver a famosa estátua da tal Virgem dos Lábios de Mel. Ao que parece existem 2 Iracemas, uma que fica bem perto do nosso hotel, e outra que fica na direção oposta, próximo à famosa feira de artesanato. A que fica próxima ao hotel achamos uma estátua até estilosa, quando vista de longe. Como monumento até funciona. Mas de perto, coitada da índia... é a magrela com a bunda mais caída do mundo, quem vê a estátua de perto não tem como não reparar. É aquele tipo de característica que você tenta não ver, mas fica pulando na sua frente o tempo todo. A despeito disso, o entorno do monumento é até bem espaçoso e bem projetado, só achamos que poderia estar um pouco melhor conservado. Algumas pichações aqui e ali, mas nada no nível de barbarismo que encontramos no RJ.

Uma das bonitas passarelas do centro de cultura.


Passando a estátua, indo pela praia em direção ao centro histórico, há um pier natural onde vimos jovens e adolescentes em atitude suspeita. Carioca é macaco velho, percebemos logo que era um local onde a molecada ia pra fumar seu bagulhinho (ou outras coisas mais, não quisemos investigar mais a fundo), comprar, vender, etc. A frequência era primordialmente de jovens, mas todos com aquela pinta de "walk on the wild side". Alguns repazes desciam para as pedras nas laterais do Píer para fumar, algumas das meninas pareciam fazer parte da famosa rede de prostituição juvenil caça-gringo da região. Apesar de ser um local bucolicamente bonito, a impressão de barra pesada fez com que saíssemos de lá em poucos minutos. Achamos que a orla dessa região de Fortaleza seria bastante uniforme, mas nos espantamos. Você anda por uns quarteirões com prédios modernos, bonitos e de alta classe, e de repente passa por um trecho notadamente decadente, com imóveis abandonados, pichados e moradores de rua dormindo na frente.

o Píer de terra é lindo, mas tome cuidado com os junkies

Seguimos andando pela orla e entramos mais á frente, em direção ao centro. Tentamos chegar ao Pier dos Ingleses, mas estava fechado para uma reforma, ao que parece. Como estávamos naquele trecho um tanto estranho e malfrequentado que mencionei, pensamos como poderíamos escapar para uma área menos sinistra. Vimos no mapa que o famoso Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura não estava longe, apenas algumas ruas mais à frente. Apesar de ser um horário em que não tinha todas as atrações abertas, gostamos muito do lugar. É um espaço que não serve apenas para ir ver uma exposição, nem ir ao cinema, nem tomar um café, serve para isso tudo mas também é um centro de cultura no mais profundo sentido da palavra. É um lugar amplo, com vários ambientes, uns cobertos e outros abertos, ligados por passarelas, vários níveis, além de um planetário. É um lugar que não se esgota numa visita só. Recomendo a quem for. E quando voltar a Fortaleza, com certeza irei lá de novo.

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