15 de julho de 2011

A "Rua Teresa" de Fortaleza

Depois de sairmos do Centro de Cultura Dragão do Mar, continuamos na nossa caminhada para desgastar a meia tonelada de almoço que cada um de nós consumiu.  Segundo nosso mapa, localizamos uma rua que recomendaram pra gente como um centro de moda, algo como o equivalente fortalezense pra R. Teresa de Petrópolis. Como era um caminho alternativo de volta para o hotel, resolvemos passar por lá para conferir. Aproveitaríamos para arranjar uma Coca-Cola ou uma soda cáustica pra dissolver o almoço, o que a gente achasse primeiro. Passeamos então, pela Av. Monsenhor Tabosa, "para ver as modas" como diria a minha avó. Bom, para resumir, descobrimos porque tanta gente do nordeste vai até o estado do RJ pra comprar na Rua Teresa. Não é pra dizer que as roupas do local sejam 100% feias ou estranhas... digamos que 80% é. São na maioria lojas até legais, moderninhas e bem arrumadas, mas o estilão das roupas não é lá essas coisas. Fica entre o muito mais ou menos e o bem breguinha mesmo. Coisas que até no Saara, no centro do Rio, se encontra melhor.


À medida que nosso tour pelo mundo da moda fortalezense progredia, Clarice começou a desconfiar que o povo lá acha uma sapatinha fechada na frente, com laço em cima como a dela algo semelhante a um unicórnio ou a uma nave espacial. Depois de até eu (que sou pato para essas coisas) pereceber a insistência dos olhares locais para o calçado dela, tão prosaico aqui no sudeste, ela decidiu procurar em uma loja um calçado que atraísse menos atenção dos nativos, ou que não sinalizasse tanto que a pessoa é turista.

Com essa missão a cumprir, percebemos que na Mons. Tabosa tem várias lojas que vendem aquelas sandálias rasteirinhas bem baratinho. Precisando de uma, ela decidiu depois de umas 2 ou 3 lojas. Achou uma que tinha modelos não tão fracos de aparência, e com o preço ainda naquela faixa bem econômica. Na hora de pagar, consegui vislumbrar uma cortina nos fundos da loja, além da qual podia-se ver várias máquinas de costura, matérias primas empilhadas e uma ou outra pessoa trabalhando. Fabricação própria, literalmente nos fundos da loja. Nada contra, não é pra menos que o povo dali vende suas rasteirinhas por um preço tão barato. E, ponto pra Fortaleza, não vi nenhum Boliviano submetido a trabalho escravo.

Tem de 30, tem de 20, tem até de 10, vai?

Quando já estávamos a uma altura próxima a do Hotel, paramos em uma padaria e compramos Coca-Cola para mais tarde. Já tínhamos bebido uma no caminho pela Mons. Tabosa, mas sabíamos que mais tarde poderia ser necessário ter mais à mão no frigobar. Descemos uma transversal em direção à praia já bem perto de nosso querido hotel. Chegamos, tomamos banho e simplesmente morremos, para só ressucitar là pelas 21:30.

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