Acabando o city tour, e depois da visita ao centro de compras, acomodamos na mochila uma ou duas garrafas de licor de jenipapo que levaríamos pro povo do sudeste e nos preparamos para partir pra Cumbuco. Aquela história de sempre, espera pelos retardatários, o guia dando as devidas instruções etc. Partimos.
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Chegando a cumbuco. |
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Visual (e que visual) de Cumbuco |
Há a possibilidade de contratar passeios de jegue (não interessou, ficamos com pena dos bichos) ou uma volta de jangada. Essa sim, topamos encarar. É bastante divertido, sem contar que você se sente meio parte de alguma daquelas novelas da globo dos anos 90... Ou um personagem secundário de algum livro perdido da literatura nacional... Você fica pensando que navegar aqueles pedaços de madeira amarrados não é moleza. Os caras são bons no que fazem. Clarice estava com uma cara de "quem eu processo se esta bosta afundar" no início, mas do meio pro final relaxou. Os jangadeiros são experientes no quesito distrair turistas medrosos, e como iríamos aprender mais pra frente, a pedra angular do turismo nordestino é a famosa escolha "com emoção ou sem emoção". Em todo e qualquer passeio por lá os guias deixam essa opção em aberto pros turistas decidirem por um passeio sem sobressaltos, do tipo admirar a paisagem ou um passeio do tipo viagem na montanha russa.
Passeio de buggy nas dunas de Cumbuco |
Ao voltar do passeio de jangada, fizemos dupla com a Sandra, uma paulista que estava viajando com o filho pré-adolescente para formar 4 pessoas pro passeio de buggy. É obrigatório, pois as dunas são um ambiente completamente diferente, um local maravilhoso de se ver. Paisagens belíssimas, oportunidade para fotos incríveis. Diferente de uma primeira impressão, as dunas não são uma sequência de montes de areia sem vida, semelhantes a um deserto... Há diversos momentos no passeio onde além da própria beleza da paisagem, pode-se ver "vira-latas das dunas", gaviões papauruá, e lagoas de água doce. Lugares pitorescos e belíssimos, como a Lagoa de Jurumirim. Nesse ponto, pode-se descer de esqui-bunda até a lagoa ou descer por uma rústica escada feita de pneus enterrados na areia até a beira da água. Descer é tarefa tranquila, mas depois de uma hora lá embaixo, relaxando e nadando naquela aguinha tranquila, subir não é tão fácil quanto parece. Na saída desse passeio, passa-se ainda por cenários como a Lagoa da Banana, e as ruínas que ficaram de uma antiga gravação de uma das novelas da Globo ambientadas no Nordeste (se me lembro bem, acho que a das ruínas em questão foi "Tieta do Agreste").
Relaxando na lagoa de água doce de Jurumirim |
Desnecessário dizer que volta-se do passeio chapado de cansaço, dando uma panorâmica no ônibus, tudo que se vê são uns dormindo por cima dos outros, he he. Nem vimos o caminho de volta. Chegamos ao hotel, tomamos aquele banho cinematográfico, e ficamos de preguiça até o anoitecer.
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